Lisboa Minha Cidade

Lisboa Minha Cidade
Mirador de Santa Luzia

sábado, setembro 30, 2006

ÉVORA

O REI DA MÚSICA RO

Para mostrares aos teus amigos espanhóis como se canta em Portugal. Este é o maior...

DAVID

David. 1501-1504
Mármore, altura 434 cm
Galleria dell'Accademia. Florença

David é a representação do homem nu e desarmado, mas cujo olhar oblíquo e determinado, de sobrolho carregado, é a expressão dessa terribilità, própria de toda a obra de Miguel Ângelo, que juntou assim uma dimensão psicológica à perfeição da sua escultura. Jogando com o contraste entre o lado direito, calmo, que está sobre a protecção divina, e o lado esquerdo, vulnerável, exposto às potências do mal - segundo a distinção moral que se fazia na Idade Média - Miguel Ângelo inovou nesta representação ao não optar por fazer um David vencedor, mas tomá-lo no símbolo da fortezza e da ira, consideradas como virtudes cívicas do Renascimento, em especial da República Florentina que encomendou a obra.

TASCHEN

System of Preservation

Pedro Cabrita Reis
Diferentes materiais
205 x 181 x 30 cm

Esfinge

Os Três Estádios da Mulher (Esfinge), cerca de 1894
Óleo sobre tela, 164 x 250 cm
Bergen, Colecção Rasmus Meyer

Numa tese de 1985, sobre a utilização de trios de mulheres por parte de Munch, a estudante Monika Graen identificou os Três Estádios da Mulher (Esfinge) como sendo a obra germinal do artista a usar este motivo. A tela, actualmente na Colecção Rasmus Meyer, em Berger, foi pintada por volta de 1894 e xibida pela primeira vez naquele mesmo ano - com o título Esfinge - na Exposição de Estocolmo dos quadros do artista sobre o tema do amor. Na exibição de Berlim, em 1902, foi a peça central da sequência de «O Amor Floresce e Morre».

Os poucos esboços e estudos preliminares que foram publicados mostram que as três mulheres não foram projectadas como retratos de três mulheres individuais, mas sim (como o título mais tardio sugere) como uma representação artística visual dos conceitos de Munch relativamente aos diferentes aspectos da Mulher.

À esquerda, vemos a mulher do mar, da água, a ninfa da água que não presta atenção nenhum galanteio msculino. O seu cabelo gracioso imita os contornos harmoniosos da beira-mar e das ondas. Este tipo de mulher reaparece mais tarde em Separação e em outras obras.

No centro encontra-se uma mulher alta e nua, com as mãos atrás da cabeça e as pernas abertas, a fitar-nos com um esgar quase demoníaco. Existe algo de genuianamente alarmante nesta mulher. A sua expressão facial faz lembrar a de Madona, ams o seu cabelo ruivo, as sobrancelhas e lábios fictícios e a forma como segura a cabeça fazem lembrar o retrato de Dagny Juell (Ducha) Przybyszewska que Munch pintou um ano antes, e é a própria Monika Graen quem sugere ter o artista modelado esta imagem com base na figuar de Ducha.

A terceira mulher está mesmo ao pé dela, mas encontra-se meio envolvida pela escuridão da floresta. Tanto a irmã pesarosa de Munch, Inger, como Milly Thaulow, que aprece em Luar, podem ser vistas nesta mulher, e as suas semelhanças parecem ser confirmadas pela saia comprida e preta a cair no chão. Todavia tais semelhanças não são de facto tão importantes como o que Munch fez da mulher. Com os seus olhos aprofundados em sombras, ela tem algo de cadáver, e a linha preta que orla as figuras é igual à moldura de um anúncio necrológico.

Na quarta parte do quadro, do lado direito (cuja estrutura seccional faz lembrar a de variados precursores, de entre os quais os frescos que Hans von Marees realizou vinte anos antes), vemos um figura masculina de pé entre duas árvores. A sua cabeça está curvada, as suas características são simplificadas até ao ponto da geometricalidade decorativa e do cabelo penteado ao estilo de capacete, ou seja, o mesmo tipo de homem de Melancolia.

TASHEN

sexta-feira, setembro 29, 2006

O Grito

O Grito, 1893
Autor: Edvard Munch - Óleo, têmpera e pastel em cartão, 91 x 73,5 cm
Oslo, Nasjonalgalleriet
Neste quadro observamos o medo e a solidão do Homem num cenário natural que - longe de oferecer qualquer tipo de consolação - absorve o grito e o faz ecoar por detrás da baía até aos vultos sangrentos do céu. A baía, os pequenos barcos à vela e a ponte com a balaustrada cortando diagonalmente o quadro sugerem que o cenário era Nordstrand.
O diário de Munch contém uma passagem escrita em Nice durante um período de doença, em 1892, e o qual faz lembrar esta cena: "Estava a passear cáfora com dois amigos, e o Sol começava a pôr-se - de repente o céu ficou vermelho, cor de sangue. Parei, sentia-me exausto e apoiei-me a uma cerca - havia sangue e línguas de fogo por cima do fiorde azul-escuro e da cidade -os meus amigos continuaram a andar e eu ali fiquei, de pé, a tremer de medo - e senti um grito infindável a atravessar a Natereza."
Edições TASCHEN

quinta-feira, setembro 28, 2006

Cuerpo de mujer...

foto: angelica


Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos,
te pareces al mundo en tu actitud de entrega.
Mi cuerpo de labriego salvaje te socava
y hace saltar el hijo del fondo de la tierra.


Fui solo como un túnel. De mí huían los pájaros
y en mí la noche entraba su invasión poderosa.
Para sobrevivirme te forjé como un arma,
como una flecha en mi arco, como una piedra en mi honda.


Pero cae la hora de la venganza, y te amo.
Cuerpo de piel, de musgo, de leche ávida y firme.
¡Ah los vasos del pecho! ¡Ah los ojos de ausencia!
¡Ah las rosas del pubis! ¡Ah tu voz lenta y triste!


Cuerpo de mujer mía, persistiré en tu gracia.
Mi sed, mi ansia si límite, mi camino indeciso!
Oscuros cauces donde la sed eterna sigue,
y la fatiga sigue, y el dolor infinito.


Pablo Neruda

A Tua Cidade

Autor: desconhecido

Um cheirinho da tua cidade... um monumento conhecido em todo o mundo.


FRASE

"O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê."

PLATÃO, Filósofo grego (427 aC - 347 aC)

Bairro Alto - 23.09.2006

Amiga,
O prometido é devido, e assim sendo, aqui ficam as primeiras fotos...
Luis
Lisa, Nina e Vanda

Luis, Lisa e Nina

Nina e Lisa

quarta-feira, setembro 27, 2006

Starry Ectasy

Autor: bernadinism

LISBOA (2)

desejaste um país de silêncio
de chuvas salgadas - sem caminhos nem sonhos


tiveste um país sombrio
onde a realidade devorou o delírio e
ficou desabitado - este país nocturno que geme
contra a solidão do corpo - perguntas-te


que espécie de lume cospem os cardos?
caberá o mar dentro da tua ausência? e o caule
negro dos analgésicos por mim acima... que cidade
de areia construída grão a grão aparecerá?
quantas lisboas estão enterradas? ou submersas?


o vento traz-te o aroma dos trópicos e
dos tamarindos floridos das avenidas e dos fenos
primaveris das planícies - o vento
protege-te - leva-te no alado ácido
das geadas e das incertezas


dirás coisas alucinadas - as almas
uma álea de roseiras e
da bruma desprende-se
o adocicado olor da morte


AL BERTO in "O MEDO", Assírio & Alvim

terça-feira, setembro 26, 2006

Ao alcance de todos...

Leonardo da Vinci
Não sei bem explicar o porquê, mas sempre gostei desta imagem.
Neste momento, o que ela me transmite, não tem muito a ver com o significado que o autor lhe deu, mas a mim transmite-me que a amizade, mesmo que as pessoas estejam longe, está sempre ao nosso alcance.
Os amigos estão sempre presentes, basta haver compreensão, amor, sinceridade e reciprocidade, como em qualquer outra relação.

ARTE

Antagonismo

Um homem com muitas mulheres é poligamia, com 2 é bigamia e com uma é monotonia.

A Frase

" Em arte, procurar não significa nada. O que importa é encontrar."

PABLO PICASSO, Pintor Espanhol (1881-1973)

segunda-feira, setembro 25, 2006

Para ti...

O ter tocado nos pés de Cristo não é desculpa para defeitos de pontuação.
Se um homem escreve bem só quando está bêbado dir-lhe-ei: embebede-se. E se ele me disser que o seu fígado sofre com isso, respondo: o que é o seu fígado? É uma coisa morta que vive enquanto você vive, e os poemas que escrever vivem sem enquanto.
BERNARDO SOARES, LIVRO DO DESASSOSSEGO, Assírio & Alvim

domingo, setembro 24, 2006

sábado, setembro 23, 2006

Não morria de amores…

Cresci com uma imagem muito negativa do País vizinho, a Espanha.
Trauma de uma educação deficientemente ministrada. Desde pequeno fiquei com a sensação de que os portugueses eram os “bons” e, os “maus” eram os espanhóis – daí o provérbio de que “ de Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos).
Hoje o meu coração está dividido entre Portugal e Espanha.
O coração tem destas coisas…

A UNIÃO

© Photo: cocoranhetaefacada. Para ter sempre presente!"

LISBOA (1)

por trás dos muros da cidade
no seu coração profundo de alicerces
de argilas e de sísmicos arroios - cresce uma voz
que sobe e fende a brandura das casas


da escrita dos inumeráveis povos quase
nada resta - deitas-te exausto na lâmina da lua
sem saberes que o tejo te corrói e te suprime
de todas as idades da europa


mais além - para os lados do corpo - permanece
a tosse dos cacilheiros os olhos revirados
dos mendigos - o tecto onde um navio
nos separa de um vácuo alimentado a soro


plátanos brancos recortam-se luminescentes no olhar
de quem nos olha contra um céu desesperado - jardim
de íris açucenas palmeiras cobertas de rocio e
a ponte que nos leva aos campos do sul - lisboa


lugar derradeiro do riso
que já não te pode salvar do cemitério dos prazeres


e morres
carregado de tristezas e de mistérios - morres
algures
sentado numa praceta de bairro - o olhar fixo
no inferno marítimo das aves


Al Berto, in "O MEDO", Assírio Alvim

sexta-feira, setembro 22, 2006

A 1ª etapa está vencida


A separação dos pais e da irmã pelas 07 50 a caminho da porta 13 com direcção ao avião da Ibéria com destino a Valência, onde irá permanecer 9 meses a coberto do Programa ERASMUS para concluir a sua licenciatura de Belas Artes na vertente de Escultura, provocou uma lágrima mais teimosa que se soltou no momento dos beijos de despedida; uma lágrima que não deve ser entendida como fraqueza da benjamim, porque, o acto de separação duma miúdade 22 anos, de todos aqueles que ama, familiares e amigos, para um País diferente do seu, ao qual terá que se adaptar muito rapidamente para se entrosar com uma nova língua, professores, colegas, hábitos e costumes (cultura), não é uma tarefa fácil.
Como pai fico feliz pela atitude, melhor dizendo pela coragem demonstrada pela Inês, por se separar dos pais e da irmã de quem tanto gosta, apesar de quando em vez estar numa de contestação em quase tudo (que saudades ela vai ter de não poder discutir com a sua irmã e, os seus pais), já que esta separação, estou convencido, vai-lhe abrir horizontes, não só no que à sua especialidade concerne, mas sobretudo perceber o desenvolvimento dum País vizinho do seu, muito mais desenvolvido no campo social, económico, político.
Vai poder abalizar a diferença de conceitos e comportamentos em leis vigentes na Espanha e, cuja aplicação há muito se tentou transportar para Portugal e, por uma ou outra razão, ainda não foram implementadas (a resistência da população, ou a incompetência da classe política?).
Por outro lado vai ter que se desenvencilhar (ela e a sua amiga Xana) de situações que normalmente eram feitas por outros: comprar bens essenciais à sua alimentação, confeccioná-los, ganhar imaginação para recrear novas ementas (comer sempre o mesmo enjoa), quiçá reaprender a dar valor a alimentos até então ignorados, tratar do seu vestuário (lavar, passar a ferro).
A vida de um estudante de ERASMUS, não é fácil.
Como pai vou sentir muitas saudades da benjamim, outra coisa não era de esperar, mas fui desde a 1ª hora um apoiante incondicional da sua ida para o estrangeiro; porque tenho confiança nela e, porque estou convencido de que ela virá mais "mulher", com uma nova perspectiva do que é a " vida "; vai aprender a viver com um orçamento limitado, em que também aí irá tomar consciência (para ser verdadeiro, já a tinha) do que custa saber controlar gastos, para poder chegar ao fim do mês sem estar no "vermelho".
Tal como numa corrida de bicicleta, a 1ª etapa (o prólogo) está ganho.
Tem que aprender a dosear o esforço para poder chegar vitoriosa à meta na última etapa.
Como treinador, estou plenamente convencido que a minha atleta vai saber dar conta do recado.
Um beijo para a nossa benjamim.

PS . Quando falo em pai, obviamente que quero dizer PAIS (os meus sentimentos são partilhados pela Madre).

Para ti...

É verdade, é para ti!
Este cantinho "meu", apresentado com muito carinho e vontade, passou a ser teu também (nina, tranquila que não me esqueci de ti).
A falta de tempo e, principalmente, dinheiro, não me permitiram levar-te lá antes da tua experiência em Valência. Mas para te "recompensar" deixo-te uma foto duma magnífica tarde de reflexão partilhada a duas.

06.10

O dia para família Barroso e Nunes começou bem cedo. Muito antes de se fazer dia.
Às seis e dez, encontravamo-nos à espera do táxi que não tardou em chegar. Vinte minutos depois, chegavamos ao aeroporto. Daí ao check in, faltava apenas a chegada da Xana.
Enquanto esperavamos comentavamos a correria que se sentia aquela hora no aeroporto. Minutos depois chegava a Xana. Por momentos pensamos que o check in demoraria uma eternidade! Afinal, estavamos na fila com destino a Londres! Acabado o equívoco, foi um "repam" até à gate 13 e ao ritual de abraços e beijos. E, como não podia deixar de ser, de umas quantas lágrimas...Afinal, estas duas muchachas vão 9 meses de Erasmus!
Como alguém diria, vai ser a p*** da loucura!!!!

Lindas, já sabem, divirtam-se, aproveitem e trabalhem muito o corpóreo!!!!

Alguns minutos depois, recebo uma chamada de minha chiky sister a dizer que perdeu o contacto da Mariel (valenciana - amiga de Miguel - que as salvou um dia antes de ficarem sem casa e a terem que durante 8 dias dormirem sabe-se lá onde).

Um beso especial para o Luís "Mu", para o Miguel, para a Mariel e, claro para a Maica!